Foto: Instagram (Reprodução)
Valter Aita, 41 anos, e Andrea Aita, 43, seriam casados há sete anos
Andrea Carvalho Aita, 43 anos, suspeita da morte do fisiculturista Valter de Vargas Aita, 41, em Santa Catarina, foi condenada a 15 anos de prisão por tentativa de latrocínio (roubo com morte). O crime aconteceu em abril de 2019, em Santa Maria. Ela era considerada foragida da Justiça desde novembro de 2023.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ), por volta das 6h de 3 de abril de 2019, a suspeita e outros envolvidos invadiram uma casa na Rua Duque de Caxias, na região central de Santa Maria, para realizar um assalto. A vítima reagiu e entrou em luta corporal com um dos criminosos, momento em que outro assaltante atirou duas vezes, ferindo o morador.
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As investigações da Polícia Civil revelaram que a ação foi planejada por um homem que estava preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) e contou com a participação da suspeita. Andrea teria sido responsável por colocar o plano em prática.
Em primeira instância, em janeiro de 2021, a Justiça condenou a mulher a 18 anos e oito meses de prisão por tentativa de latrocínio. Ela recorreu e, em novembro de 2021, teve a pena reduzida para 15 anos, dois meses e 20 dias de prisão. Ainda conforme o TJ, a defesa de Andrea recorreu novamente da pena, mas teve o pedido negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em setembro de 2023.
A condenação transitou em julgado (sem possibilidade de novos recursos) em 10 de outubro de 2023. O mandado de prisão definitivo de Andrea foi expedido em 14 de novembro do mesmo ano, e desde então a Justiça aguardava o cumprimento por parte da Polícia Civil.
Crime em Chapecó
Naturais de Santa Maria, Andrea e Valter teriam se casado há sete anos. No último domingo, o casal teria discutido, e Aita acabou esfaqueado dentro do seu apartamento na Rua 7 de Setembro, no centro de Chapecó. Ele não resistiu aos ferimentos. A esposa também ficou ferida e foi levada a um hospital, onde permanece internada nesta quarta-feira (10) sob custódia da polícia.
À Polícia Civil de Santa Catarina, ela teria alegado que descobriu um suposta traição do marido, o que levou o casal a uma discussão. O crime, no entanto, está envolto em mistério e versões desencontradas. A suspeita, embora tenha um mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio Grande do Sul há quase dois anos, vivia em Santa Catarina e mantinha até mesmo rede social em seu nome.
Ao Bei, o delegado regional da Polícia Civil de Chapecó, Rodrigo Moura, informou nesta quarta-feira que a polícia só repassará mais informações quando a Delegacia de Homicídios (DH) concluir os principais atos de investigaçāo.
– O inquérito policial foi instaurado, testemunhas estão sendo ouvidas neste momento e a investigada permanece hospitalizada. Qualquer outra informação é precipitada e nada acrescentaria ao que já foi divulgado – disse.
A reportagem do Bei tenta contato com a defesa de Andrea Aita para que se manifeste sobre o caso.
*Colaboraram Mateus Ferreira e Vitor Zuccolo